Quando se fala do Parque das Nações, o primeiro pensamento que tendemos a ter é, muito provavelmente, o evento da Expo 98. Isto acontece porque, até à data, a nossa freguesia não existia, nem tinha as condições mínimas para se imaginar que pudesse vir a sê-la. A Expo 98 trouxe grandes investimentos para a zona Oriente da cidade de Lisboa e, assim, a “nossa terra”, foi palco de um País em rejuvenescimento em relação à nossa arquitetura, cultura e economia em crescimento.
Nas passadas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), no Panamá, o Papa Francisco anunciou que o próximo palco, deste que é o maior evento presencial do mundo, será em Lisboa, mais precisamente na Freguesia do Parque das Nações. A escolha da nossa Freguesia como principal núcleo participativo das JMJ 2022 faz com que a Expo 98 simbolize uma espécie de presságio, “anunciando” que algo grande aqui viria a acontecer.
Sabemos que a sociedade dos nossos dias é uma sociedade mais stressante, mais individualista e com os valores e prioridades muitas vezes trocadas, fruto de uma crise de valores e de humanização do trabalho que se tem acentuado. Os Pais pouco tempo têm para os seus Filhos, os Filhos não têm tempo para cuidar dos Pais e esses exemplos demonstram exatamente uma estrutura laboral pouco humana.
Se há um antes e um depois do ano de 1998, fruto da regeneração física deste espaço, esperamos que, em 2022, o Parque das Nações seja o palco da regeneração espiritual e de valores do nosso País. Para além disto, que a mesma possa ser exemplo e influência para o resto do mundo, numa Lisboa, que tem sido cada vez mais uma “cidade-plataforma” Mundial. Este evento pode trazer-nos um enorme desenvolvimento e riqueza, como aconteceu na Expo 98, mas acredito que de magnitude diferente. Mais do que ser uma oportunidade para impulsionar a economia e o investimento, é uma oportunidade para bebermos valores, mensagens e experiências que nos façam reencontrar com o que outrora fez de Portugal ser a maior potência mundial. Assim, temos até 2022 para preparar este evento. Neste contexto falo no plural, uma vez que este se trata do maior evento a nível mundial no que toca mobilização de jovens, provenientes de todos os cantos do mundo e, por isso, cada um de nós poderá ter um papel a desempenhar neste acolhimento.
Os jovens Portugueses, que vivem nesta Freguesia, tal como eu, e sobretudo os Católicos, temos a boa missão de saber acolher e preparar esta vinda do sucessor de Pedro. Poderá ser este evento o ponto de partida para um Império Espiritual que Camões e Pessoa nos profetizaram? Vamos, Todos, Cumprir Portugal!
Francisco Galante in “Notícias do Parque“